quinta-feira, 6 de maio de 2010

Mãe não tem preço



Maio, definitivamente, é o mês mais feminino do ano, não é este mês das noivas e também das mães? Contudo, não discorremos das primeiras neste texto. Queremos nos deter às segundas que, na verdade, são as primeiras em nossas vidas. Até porque, logo, logo seremos bombardeados com a veiculação de propagandas referentes ao “dia das mães”. Mas, será que mãe rima mesmo com consumismo? Você acha que um presente por mais caro que seja é suficiente para retribuir anos de carinho, amor e dedicação?
Podemos vislumbrar alguns registros na história de um dia dedicado às mães. O mais antigo remonta à Antiga Grécia, onde a entrada da primavera era festejada em honra de Rhea, a “mãe dos deuses”. Na Inglaterra, no século XVII, o quarto domingo da quaresma era dedicado às mães das operárias inglesas, nesse dia as trabalhadoras podiam ficar em casa com suas mães. Já no século XIX, nos Estados Unidos, a escritora Júlia Ward Howe foi defensora da criação de uma data que celebrasse as mães. Não obstante, foi uma compatriota sua Ana Jarvis que empreendeu uma campanha para instituir o dia das mães.
Ana Jarvis perdera sua mãe no ano de 1905, tal fato desencadeou uma profunda depressão e suas amigas vendo que esta definhava resolveram “perpetuar” a memória de sua mãe com uma festa. Ana, porém, resolveu que esta homenagem deveria contemplar todas as mães, quer fossem vivas ou mortas. Ela teve que lutar arduamente para atingir seu objetivo, somente no dia 26 de abril de 1910 aconteceu a primeira celebração oficial do “dia das mães”, o então governador da Virgínia, William E. Glasscock incorporou este dia ao calendário de datas comemorativas do referido Estado. Mas, foi somente em 1914, que a celebração se estendeu aos demais estados norte-americanos, ficando estabelecido que seria comemorado sempre no segundo domingo de maio.
O que no primeiro momento foi motivo de alegria para Ana Jarvis, logo se transformou em tristeza. O tão sonhado dia transformou-se em uma data meramente comercial, principalmente para os vendedores de cravos brancos - símbolo da maternidade - destoando por completo de sua idéia inicial. Decepcionada, Jarvis tentou sem sucesso a anulação do dia das mães e no auge de sua indignação declarou “Não criei o dia as mães para ter lucro". Assim, não é de se estranhar que esta data hoje seja, antes de tudo, sinônimo de lucros, pois, desde cedo os comerciantes já haviam percebido a potencialidade deste dia.
Eu me recuso terminantemente aceitar este sentido capitalista do “dia das mães”. O próprio Deus deu exemplo ao escolher uma mulher simples do povo para ser genitora de seu Filho Amado, Jesus Cristo. Reconheço a importância de presentearmos nossas mães, entrementes, defendo que isso seja feito todos os dias. Alguns argüirão “mas, eu não tenho dinheiro pra dá presente todo dia”. Eu assevero que quando vós sois carinhosos, obedientes, respeitosos e zelosos com vossas mães já estão presenteando-as, e isso exige algum dinheiro ou de um dia em especial por ano? Não, queridos, definitivamente não. Que Deus tenha misericórdia de nossas vidas, amados irmãos.

Um caloroso e sincero abraço.

Misael Oliveira.

São Luis, 12 de abril de 2010.


Um comentário:

  1. QUE MARAVILHA, DE BLOG ESPERO QUE O CONTEÚDO AUMENTE CADA VEZ, PARABENS ERISNALDO CORTEZ

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